sexta-feira, 10 de junho de 2011

Gesto de solidariedade...

Durante apresentações de trabalhos na disciplina de Português para Comunicação I com a professora Claudia Presser Sepé, um trabalho chamou a atenção pela brilhante história do personagem.  Trabalhar em prol, das pessoas, requer grande “coração”, principalmente quando se busca um sonho. Levar em conta que trabalhar com pessoas é um ato complicado, mas que engrandece o ser humano.
Criamos fantasias, e fantasias são diferentes de sonhos. O sonho é aquela mola que nos impulsiona, que nos empurra para a frente, que nos dá força para lutarmos por objetivos. Já ás fantasias são fruto de nossa carência emocional e normalmente são desejos fugazes.
Será que realmente vale apena lutar por um sonho? Até que ponto é racional colocar nossa vida em segundo plano pelos outros? Bom, isso são perguntas que recebem as mais diversas respostas, pois cada ser é único, com pensamentos e idéias muito opostas.
Mas segundo Paulo Ricardo Oliveira Dias personagem do trabalho, fazer o bem, é a melhor coisa que existe.
Um dos objetivos do trabalho de português era contar a história dos invisíveis da Unisinos (Vocês conhecerão outras aqui no blog). Bem como produção textual, linguagem, e gramática, uma maneira diferente de aprender as tantas regras do português, diria eu, a maneira mais correta, aquela que usa pesquisa, que procura inserir o aluno no contexto do qual ele vive. Nenhuma disciplina precisa ser tradicional, o importante é que ela funcione, e o que seria isso? Seria que o aluno aprenda o conteúdo, a metodologia utilizada, bem, isso é o que menos importa.
Conheça a história desse invisível, que colocou a vida de outras pessoas em primeiro plano!!


Fazer o bem sem olhar a quem

            Sempre quis ser veterinário, mas os imprevistos da vida me levaram para a área da engenharia. Ainda jovem, formei-me em eletromecânica e comecei a trabalhar como operador de Autocad. Já estava bem estabilizado, o salário disponibilizava-me a vida com a qual sempre sonhara. Comecei, porém, a refletir, pois não gostava de mexer com máquinas. O que eu realmente gostava de fazer era algo completamente diferente, que mexia com pessoas e emoções. Como já havia previsto, minha família foi completamente contra, afinal já estava com 27 anos, quando tomara essa decisão: a decisão de mudar de vida. A ideia era largar a engenharia e começar Serviço social e foi isso que eu fiz.
            Comecei a fazer faculdade na Unisinos; para isso, todos os dias deslocava-me de Canoas até São Leopoldo. Não deixei o trabalho, precisava me sustentar. Então conciliava as duas atividades com mais um estágio que consegui, na própria universidade, onde trabalhava a inclusão digital com alunos deficientes visuais. No entanto, depois de um tempo, comecei a perceber que não conseguia me dedicar a três coisas ao mesmo tempo. Então, finalmente, pedi demissão do antigo emprego e passei a dar mais atenção para aquilo que me fazia bem e que eu fazia bem. Fiz um ano e meio de estágio e depois fui trabalhar como secretário na ABEPS, onde fiquei, também, por um ano e meio. Em 2004, com 30 anos, iniciei minha carreira na Unisinos, como Auxiliar Administrativo no Serviço de Atenção Acadêmica. Ali fiquei até me formar, no ano de 2008, quando fui efetivado e passei a coordenar três projetos dentro da Unisinos: o PASEC, que engloba a educação para cidadania, ambiental e alimentar; o cidadania.com, que visa divulgar as ações sociais (serviços e ONGs) realizadas pelo município de São Leopoldo; e, o último, chamado Eu-cidadão, que é destinado à inclusão social para as pessoas que não possuem acesso à tecnologia.
            Passados esses três anos e meio como coordenador, a Unisinos já ganhou dois prêmios reconhecidos, concedidos pelo observatório nacional dos direitos da Criança e do adolescente, devido a dois desses projetos. Hoje, com 37 anos, sou extremamente feliz por desempenhar um papel significativo na sociedade, mas não me arrependo de ter passado pela área de engenharia, afinal, foi graças a essa fase que conheci minha atual mulher, Raquel, engenheira civil, com quem estou há doze anos e possuo um filho de dois. Não há nada que se compare a fazer aquilo pelo que se tem paixão.
Paulo Ricardo Oliveira Dias
Encerro meu texto com a frase da escritora Cora Coralina
 “Se temos de esperar, que seja para colher a semente boa que lançamos hoje no solo da vida. Se for para semear então que seja para produzir milhões de sorrisos,
de solidariedade e amizade.




 Por Vita Santos

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