quinta-feira, 16 de junho de 2011

O poeta de mil faces

   Atrasada em termos de internet, porém ainda na mesma semana, escrevo aqui um texto para lembrar Fernando Pessoa, que teve seu aniversário de 123 anos lembrado por nada menos que um Doodle do Google na última segunda-feira. 


      É difícil encontrar uma classificação para o poeta. A nomeação clássica seria modernismo, mas devemos lembrar que a maior particularidade de Pessoa é o fato de não ser um só, mas vários poetas paralelos. Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Bernardo Soares são alguns dos famosos heterônimos criados por ele. Pessoa é então, um caso à parte da poesia portuguesa moderna. Como se estuda no Ensino Médio e pelos cursinhos pré-vestibulares, existe uma classificação para cada persona do poeta. Tal classificação muitas vezes prejudica o verdadeiro sentido dessa divisão, tornando-a mero detalhe para ser testada no processo de seleção das universidades. A percepção e a captação da grandiosidade dos heterônimos é posta praticamente de lado, se não tentarmos nos aprofundar no mundo criado para eles. 
       Usando como mote esta forma maquinal de ver Fernando Pessoa, fora das frases soltas na internet usadas nas redes sociais, proponho então: leia Pessoa, Caeiro, Campos, Reis, Soares e todos os outros que encontrares e achares dignos de teu precioso tempo. Eles estão lá, esperando para fazer tu te encantares por eles assim como eu me encantei. 
    Abaixo deixo, então, uma pérola de Álvaro de Campos recitada pelo mestre do teatro brasileiro Paulo Autran: 




por Tainara Fraga


                

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