sexta-feira, 3 de junho de 2011

Marionetes da balança.


   Dentre os grandes nomes da moda estão Gabrielle Chanel, John Galliano, Cristóbal Balenciaga, Christian Dior, Jum Nakao, Alexander McQueen e Alexandre Herchcovitch. Apesar de alguns destes não estarem mais presentes neste mundo, serão eternamente reconhecidos por suas criações históricas no mundo da moda, e os encarregados por representar os trabalhos destes grandes estilistas são os que disponibilizam sua imagem, mais conhecidos como modelos.
    Modelo é modelo até nas horas de lazer. Pessoas como Agyness Deyn, Kate Moss, Gisele Bundchen, Adriana Lima, Alessandra Ambrosio, Izabel Goulart, Karolina Kurkova, Andrej Pejic e outros grandes modelos atingiram o topo profissional na área, hoje desfilam ou fotografam para as melhores agencias ou marcas da moda e inspiram crianças que, desde seus 10 anos, sonham em ser como os citados. Não há nada de errado em sonhar em ser a mulher mais bem vestida do mundo, como Agyness, ou a modelo brasileira mais bem paga do planeta, como Gisele, ou o modelo mais conhecido, como o australiano Andrej Pejic, mas há exigências, e exigências, no mundo da moda – assim como em todos os setores - devem ser cumpridas com êxito, o que traz um assunto que se tornou muito polêmico, desde os anos 2000, quando se trata de modelos é a balança. A obsessão por um peso ideal é, de certa forma, tão persistente que faz com que adolescentes saudáveis se tornem apenas um pedaço de esqueleto humano. Não é necessário situar um possível modelo profissional em uma bifurcação para que o mesmo escolha entre a carreira e o nada, o dinheiro e a pobreza, ou a vida e a morte. Não que a vida de modelo seja obrigatoriamente um inferno e que eu esteja generalizando quanto a este assunto. Nem todos os modelos são anoréxicos ou bulímicos e tem essa obsessão pelo padrão de corpo perfeito. O que quero dizer é que a obsessão que a indústria da moda tem pelo corpo que julgam o ideal gera consumidores igualmente obcecados com o peso.
   Estas críticas não devem ser encaradas como um protesto contra a magreza extrema no mundo da moda, até porque hoje já existem modelos Plus Size, que são modelos "acima do peso" ideal. O que ocorre desde que essa nova forma de modelo foi inventada é que há de certa forma, muito preconceito com estes. Não deveria haver tanta comoção em expor modelos acima do peso. Mas o espaço deve ser dado a estes modelos, afinal, não existem apenas mulheres consumistas que compram apenas peças 36 e calçados 38, ou homens consumistas que compram apenas manequim 38 e sapatos 44. O preconceito com as Plus Size deve ter um fim breve, pois todos estão cansados deste padrão rígido de modelos requisitados e subaproveitados que faz com que muitos morram de doenças psicológicas


Por: Amanda Heredia

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